Rómulo de Carvalho |
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Personalidade multifacetada, foi um intelectual marcante da Cultura portuguesa, poeta e símbolo da cultura científica em Portugal.
Licenciou-se em Ciências Físico-Químicas, na Universidade do Porto, e foi professor liceal, para além de pedagogo, cientista, divulgador científico e investigador. Rómulo de Carvalho integrou o movimento de resistência dos intelectuais contra o regime ditatorial instalado em 1926. Usou o pseudónimo literário António Gedeão e os seus poemas alcançaram grande popularidade, pela linguagem simples, emotiva e carregada de inteligente sensibilidade, sempre atenta aos valores humanistas e abordando a temática da solidariedade, dos preconceitos e da denúncia do sofrimento. A sua poesia deixa transparecer um compromisso directo e autêntico com o drama social do Homem. Vários dos seus poemas são ditos por grandes actores e actrizes e foram também divulgados através da música. Por exemplo, Calçada de Carriche, Fala do Homem Nascido, Lágrima de Preta e Pedra Filosofal. A poesia de Gedeão marca uma geração que, reprimida pelo regime ditatorial e atormentada pela guerra colonial, se sentia profundamente tocada pelos valores expressos pelo poeta, acreditando que, com essa poesia, através do sonho, era possível encontrar o caminho para a Liberdade. É deste modo que "Pedra Filosofal", musicada por Manuel Freire, se torna um hino à liberdade e ao sonho. Mais tarde, em 1972, José Nisa compõe músicas para doze poemas de Gedeão e edita o álbum "Fala do Homem Nascido". Nos seus poemas coexistem a ciência e a poesia, a vida e o sonho, a lucidez e a esperança. (retirado de https://www.facebook.com/FascismoNuncaMais/posts/rómulo-de-carvalho-1906-1997antónio-gedeãopersonalidade-multifacetada-foi-um-int/859568977485816/ ) |